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sábado, 21 de maio de 2011

Prémio UN CERTAIN REGARD 2011 do FESTIVAL DE CANNES

Un Certain Regard 2011 propôs 21 filmes realizados por 22 realizadores vindos de 19 países diferentes. Dois deles são primeiros filmes.
Presidido por Emir KUSTURICA (Realizador, actor e músico – Sérvia), o Júri era composto por: Elodie BOUCHEZ (Actriz – França), Peter BRADSHAW (Crítico – The Guardian – Reino Unido), Geoffrey GILMORE (Director artístico – Tribeca Enterprises – Estados Unidos), Daniela MICHEL (Directora do Festival de Morelia – México).
OS PRÉMIOS UN CERTAIN REGARD 2011
PRÉMIO UN CERTAIN REGARD Ex-æquo
ARIRANG de KIM Ki-Duk
HALT AUF FREIER STRECKE (Detido em pela via) de Andreas DRESEN

PRÉMIO ESPECIAL DO JÚRI
ELENA de Andrey ZVYAGINTSEV

PRÉMIO DA ENCENAÇÃO
BÉ OMID É DIDAR (Adeus) de Mohammad RASOULOF



O cinema d’art et d’essai parisiense, o Reflet Médicis, receberá os filmes da Selecção Oficial 2011 seleccionados em Un Certain Regard de quarta, 25 de Maio, a terça, 31 de Maio de 2011.
Encontrará brevemente o programa detalhado
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Tim Burton e Johnny Depp iniciam um novo filme

O diretor Tim Burton (Foto: AP/AP)

Começaram nesta semana na Inglaterra as filmagens de "Dark shadows", longa com direção de Tim Burton e elenco que inclui Johnny Depp, Michelle Pfeiffer, Helena Bonham Carter, Eva Green e Chloe Moretz.


O filme é uma adaptação da série de TV de mesmo nome. Na produção, o poderoso Barnabas (Depp) é transformado em vampiro por uma bruxa (Green) e enterrado vivo. Ele reaparece dois séculos depois e vê sua mansão em ruínas.
O personagem encontra os remanescentes da família Collins, como a matriarca Elizabeth Collins Stoddard (Pfeiffer), que é ajudada pela psiquiatra Dra. Julia Hoffman (Carter).

Entrevista com o ator Jude Law


Festival de Cannes de 11 a 22 de Maio de 2011




O actor e produtor inglês Jude Law já esteve em Cannes em 2007 para apresentar o filme de Wong Kar Waï, My Blueberry Nights, que fez a abertura do 60º Festival de Cannes. Este ano regressa na qualidade de membro do Júri das Longas Metragens.
Entrevista com Jude Law




Qual foi o seu sentimento quando o Festival lhe propôs de fazer parte do Júri?
Evidentemente, fiquei muito contente, excitado e como em tudo o que nunca se fez antes, um pouco nervoso! E cada dia ultrapassou as minhas expectativas, vivo uma das melhores experiências da minha vida. É muito importante, comovedor mesmo, de ter a oportunidade de concentrar-se realmente sobre os filmes como uma arte, de ter a responsabilidade de discutir deles com pessoas formidáveis, de ver filmes que vêm de todo o lado, e que têm uma diversidade incrível. É um relance do meio de expressão importante, especial e potente que é o Festival. Tenho muita sorte.


Actuou em Gattaca ao lado de Uma Thurman (1997) e hoje é membro do júri junto a si. Pode contar-nos uma anedota sobre o vosso trabalho juntos?
Foi um dos meus primeiros filmes, já foi há muito tempo! Foi o meu primeiro filme nos Estados Unidos, em Hollywood. Uma e Ethan já eram actores conhecidos. A minha recordação mais impressionante é de guiar carros magníficos com duas pessoas incríveis, e tinha esse sentimento de ser um fantasma, o que toda a gente tem a propósito do cinema de Hollywood. Ambos eram realmente simpáticos e ajudaram-me em relação à minha falta de experiência.


O que é que o Festival traz ao Cinema, a seu parecer? 
É um festival muito importante. Pondo de lado as festas, o glamour e os negócios aqui concluídos, o que aprendi este ano é a celebração da arte, uma recordação do que pode ser inovador, uma arte estimulante que fala uma linguagem universal. É também a arte de contar uma história, muito complexa, e tão importante. Precisamos sempre da nossa imaginação e de ouvir histórias, quer sentados à volta de uma fogueira, quer no Palais a ver filmes.


Neste Júri está cercado de artistas vindos do mundo inteiro, isso dá-lhe vontade de actuar em filmes de realizadores estrangeiros?
Absolutamente! Aprendi tantas coisas à cerca de realizadores que não conhecia. Sempre quis atuar num filme falando outra língua. Em francês, seria talvez o mais fácil, porque falo um pouco de francês – os meus vivem aqui, o que me dá a ocasião de aprendê-lo e melhorá-lo. Trabalhar numa língua estrangeira poderia ser uma verdadeira fonte de inspiração, uma oportunidade de ultrapassar os meus limites, seria certamente uma belíssima experiência.


O que é que lhe deu vontade de fazer filmes?

Era um grande fã de Cinema, adorava isso. Adorava a proximidade física, quando se está no escuro e que alguém nos conta uma história! E sempre gostei de fazer parte dessas histórias.
 

Qual é a sua primeira recordação de Cinema?
Charlie Chaplin, acho eu. O meu pai tinha o hábito de projectar os seus filmes na parede durante as festas. É uma lembrança muito intensa. E Harold Lloyd.
Há muitos filmes que poderia ver sem cessa, por exemplo: Ladrões de bicicletas e O Presidiário

Também actua no Teatro, em Londres ?
Comecei a minha carreira em cima do palco, só comecei a atuar em filmes a partir dos vinte anos. E nessa época, não pensava trabalhar no Cinema porque onde cresci, em Londres, é um mundo que nos parecia realmente longínquo! Mesmo se amava isso, não fazia parte do meu ambiente. O Teatro, para mim, é um lugar em que me sinto livre de exprimir-me. Gosto da exigência que isso requer a um actor, o direto, ter a sorte, uma vez que a cortina se levanta, de viver essa magia e esse sentimento que, seja o que acontecer, vai-se até ao fim. Também gosto da sensação de redescobrir o papel todas as noites, com um público diferente, a atmosfera, o humor da sala… Tudo influi sobre a interpretação. O Teatro é realmente muito importante para mim.

Quais são os seus projectos?
Actuo numa peça de Eugene O Neill que se chama «Anna Christie» no Donmar Warehouse em Londres este Verão, começa em Agosto. E a seguir vou interpretar o filme de Joe Wright sobre Anna Karenine.

O que é que o inspira?
Os meus filhos, os realizadores, os artistas…
fonte: Festival de Cannes/ mais informações clique no logo do festival

Gosta da ideia de transmitir o amor do Cinema aos seus filhos?
Sim, adoro mostrar filmes aos meus filhos. E gosto de ouvi-los contarem-me os filmes que viram. Neste momento, vivo um período muito particular porque o meu filho mais velho tem quatorze anos, por isso posso mostrar-lhe todos os filmes que vi quando tinha a sua idade, os que me deram o amor do Cinema. É uma oportunidade para mim, dar-lhes a conhecer os grandes realizadores que me inspiraram. É maravilhoso. Fazer descobrir um filme, explicar o que isso significa para nós, é um verdadeiro presente.